<i>Calzedonia</i>
Ao tentar remediar a sua manobra para aplicar o contrato colectivo da grande distribuição (subscrito pela APED) aos trabalhadores do Grupo Calzedonia (onde se incluem ainda as lojas Tenezis e Intimissimi), a administração veio propor a assinatura de um documento que poderia levar à diminuição da retribuição. O alerta foi dado pelo Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, num comunicado em que recorda os passos deste processo, desencadeado pela empresa no final de 2011, com uma «consulta» aos trabalhadores, que serviu para passar a aplicar o CCT da APED a 1 de Janeiro. «Tal decisão causou grande apreensão por parte dos trabalhadores, sentindo estarem a ser enganados, pois têm a percepção de que a grande maioria tinha optado pela aplicação dos contratos colectivos do Comércio a Retalho regionais», refere o CESP/CGTP-IN. Nalgumas regiões, a Calzedonia voltou já a aplicar estes contratos, mas tal não sucede em Lisboa, Castelo Branco, Guarda e Santarém. Neste recuo, a empresa pretende diminuir a retribuição a quem foi aumentado por via da imposição do contrato das grandes superfícies, o que o sindicato rejeita, exigindo que a Calzedonia assuma as consequências das suas atitudes.